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sábado, 16 de março de 2013

No ataque, a corda e a caçamba ...

16/03/2013 11:08:05

O ataque do Clube do Remo é um dos setores mais bem servidos do time. Não só o técnico Flávio Araújo acha isso, mas grande parte da torcida azulina. A dupla titular que Flávio escolheu é formada por Leandro Cearense e Fábio Paulista. Mas, na sobra dos dois, Branco e Val Barreto, estão sempre prontos para assumir o posto. Val, por sinal, mesmo no banco de reservas, é um dos artilheiros do Remo, ao lado de Paulista, com sete gols.

No meio da semana, criou-se uma expectativa de uma mudança no setor, já que Fábio Paulista saiu de maca na partida contra o Cametá. Foi só um susto. O atleta passou por tratamento fisioterápico e, no treino de ontem, se mostrou totalmente recuperado, quando marcou um belo gol de voleio, que arrancou aplausos dos torcedores que acompanhavam a movimentação no Baenão.

Do lance, Paulista espera que seja um aperitivo do que ele possa fazer no Re-Pa. “Estou tranquilo, fazendo o meu trabalho e ajudando o Remo. Acredito que fazer gol em clássico é sempre bom para o atacante. Joguei três partidas contra o Paysandu e ainda não marquei. Mas não desisto e nem desanimo. É trabalhar e ter fé em Deus que na hora certa vai aparecer o momento certo”, deseja.

Ao contrário de Paulista, quem anda incomodado com o jejum de gols é o atacante Leandro Cearense. “Já está começando a me incomodar”, brinca ele. Há três rodadas sem marcar, Leandro quer deixar sua marca contra Paysandu, assim como fez no primeiro clássico deste ano. O novo esquema tático, 4-4-2, pode ser uma ajuda. “Espero ser feliz, como fui no primeiro clássico, naquele gol que significou muito para mim. Estou confiante. Estamos jogado em um esquema que, se os meias estiverem inspirados, facilita muito pra gente”, acredita.

Flávio pode mexer em duas peças

Uma dúvida ronda a cabeça do técnico Flávio Araújo às vésperas do Re-Pa. Mas, segundo ele, é de forma positiva. “Na minha cabeça, o time ainda não está definido. Tenho duas dúvidas com relação à escalação inicial da equipe. Mas, são dúvidas boas, porque mostra que temos opções”, disse Flávio em entrevista coletiva, ao final do único treino desta sexta-feira, na manhã de ontem, no Estádio Baenão.

O treinador preferiu o mistério e não revelou onde estão essas dúvidas. Na movimentação do treino tático de ontem, só aflorou o suspense. Flávio fez revezamento em praticamente todos os setores. Na lateral-esquerda, Berg e Alex Ruan; no ataque, Val Barreto e Branco entraram no time considerado titular; no meio, Gerônimo trocou de lugar com Nata e, por último, também houve revezamento entre os três zagueiros.

“Temos mais um treinamento amanhã (hoje) e, até momentos antes que antecedem o jogo, vamos definir a escalação ideal”, comentou o comandante azulino. Contudo, desde o último jogo, Flávio já adiantava que pretende dar maior entrosamento à sua equipe no 4-4-2, por isso deve se manter conservador, sem mudanças drásticas. A principal incógnita é quem será o companheiro de Carlinho Rech no miolo de zaga? Ele que foi poupado para o Re-Pa, se mostrou agradecido pela preocupação. “Tem que pensar em todos, ter uma estratégia fora e dentro de campo. Nossa comissão técnica sempre pensa nisso”, elogiou. Estão nessa briga, Mauro e Zé Antônio.

No mais, de surpresa, Flávio pode colocar o meia Diogo Capela como um dos meias, ou até mesmo, pensando em manter o poder defensivo, improvisar Zé Antônio na ala direita, no lugar de Rodrigo Guerra. O Leão sabe que vale tudo, já que uma vitória diante do Papão significa classificação antecipada. “Agora é refletir bem e escolher o time titular com qualidade e competência para enfrentar esse clássico e, se Deus quiser, garantir a vitória e a classificação antecipada”, deseja Flávio.

Vão-se os Re-Pas e ficam as lições

Em 2013, já foram três confrontos do Clube do Remo contra o maior rival, Paysandu. Mas, desses embates, algumas lições foram extraídas. Para os azulinos, todo cuidado é pouco. Mesmo apresentando confrontos equilibrados – uma vitória para o Remo, um empate e uma vitória do Paysandu – que custou a perda do título Paraense –, apesar de ser passado, ainda é sentida pelos lados do Baenão.

“Sabemos que o torcedor ficou chateado. Mas sem dúvida, ficaram mais tristes, nós mesmos, jogadores e comissão técnica, que contávamos com esse título em nosso projeto”, afirma o técnico Flávio Araújo.

Por isso mesmo, ontem, Flávio Araújo conversou com seus jogadores a respeito dos três clássicos já ocorridos. “Essas lições, tanto sobre os aspectos positivos e negativos, foram tema da nossa conversa de hoje (ontem) com o grupo. A gente fez uma avaliação dos três jogos contra o Paysandu e mostramos onde foi que nós acertamos e erramos”, disse.

Um desses erros, por sinal, foi fatal. O escorregão duplo do goleiro Fabiano e do zagueiro Zé Antônio, em um dos gols de Raul na final da Taça Cidade de Belém, foi algo inédito na carreira do treinador, classificado por ele como falta de sorte.

“Esperamos que os detalhes que aconteceram conosco no último jogo aconteçam contras eles agora. Foi a primeira vez na vida que vi dois jogadores, no mesmo lance, irem para cortar a bola e escorregarem. Foi o que aconteceu com Zé Antônio e Fabiano. O Fabiano estava até com chuteiras de trava. Sinceramente, nunca vi tanta falta de sorte em um jogo só”, confessou o treinador, com certo remorso.

Domingo, além do tira-tema, o Remo pode ficar tranquilo na tabela de classificação, com a vaga para o quadrangular praticamente assegurada. “Já conversamos com jogadores a respeito das chuteiras, para trocarem. E vamos para cima deles, querendo nossa vitória e nossa reafirmação nesse segundo turno”, garante Araújo.

                                                                                                                     Fonte: Diário do Pará

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