Com quatro gols em cinco jogos, Fumagalli se diz adaptado ao Pará

 

Nenhum outro jogador do time havia assinalado tantos gols em sequência pelo clube neste Campeonato Paraense 2013. Calor é um dos problemas

Fumagalli treina no CT do Santa Cruz de Cuiarana
(Foto: Divulgação / Ascom Santa Cruz de Cuiarana)

 

Contratado a peso de ouro, o meia-atacante Fumagalli chegou ainda sob a desconfiança da imprensa, mas bastou uma partida para o jogador mostrar que experiência e qualidade técnica podem fazer a diferença em favor de qualquer equipe. Foi assim no Santa Cruz, quando logo na estreia marcou gol e, até agora, em cinco jogos, balançou as redes adversárias em quatro oportunidades, tornando o artilheiro do Tigre do Salgado no Campeonato Paraense 2013.

A decisão de sair do Guarani, entretanto, não foi fácil. Deixar Campinas, onde é ídolo, para morar longe da família foi uma possibilidade difícil de aceitar num primeiro momento. O jeito foi refletir e analisar outros quesitos, em especial, o financeiro, o que acabou sendo determinante para que o jogador deixasse o grande centro futebolístico do país para “se aventurar” no futebol paraense, onde tinha visitado apenas para enfrentar os grandes da capital.

Ao GLOBOESPORTE.COM, Fumagalli revelou que não se arrependeu da escolha. O meio-campista se mostrou satisfeito e adaptado ao estilo de jogo de sua nova equipe. Disse, ainda, que nos primeiros dias sentiu dificuldades com alguns fatores, entre os quais, os campos pesados e a falta de entrosamento com os companheiros, problemas que ele considera sanado após cinco partidas pela Taça Estado do Pará.

– Estou me sentindo muito bem no clube. Logo que cheguei, no jogo contra o Remo, tive uma grande dificuldade com a adaptação do grupo e com os gramados pesados, mas agora já estou me sentindo melhor e bem adaptado ao futebol paraense. Prova da evolução é que no último jogo consegui marcar o meu quarto gol e dar uma assistência para o segundo da equipe – lembrou o meio-campista.

Além do CT, time de Fumagalli costuma treinar na Praia do Atalaia, o balneário mais procurado por turistas ao longo do verão paraense, que acontece no mês de julho (Foto: Cristino Martins/O Liberal)

 

Por outro lado, Fumagalli teve que se acostumar com o calor tropical do Norte do Brasil. Em Salinas, que dispõe das mesmas características de Belém, onde o sol é “de rachar”, como se fala no linguajar paraense, a temperatura média chega aos quarenta graus em alguns horários do dia e o clima é bastante úmido. Por outro lado, o litoral do Pará ajuda por ainda ser pouco devastado e com belas paisagens e praias banhados pelo Atlântico.

– Além das dificuldades comuns de adaptação com o ritmo daqui, que é bem rápido e diferente do paulista, que é mais cadenciado, tenho complicações com o clima daqui do Pará, que é quente e tem horas que não passa. Apesar dos problemas, estou me adaptando para mostrar um bom futebol. Sei que tenho que me adequar ao estilo de jogo paraense e estou em busca disso – observou.

Academia do Santa Cruz de Cuiarana
(Foto: Reprodução/Site do clube)

 

“Não quero ficar sem calendário”, afirma Fumagalli

O Santa Cruz de Cuiarana, criado há pouco mais de um ano, apesar do ter conquistado todos os acessos possíveis nas competições em que disputou até agora, ainda não tem vaga assegurada no Campeonato Brasileira da Série D. Para isso, precisa conquistar, pelo menos, ficar na segunda colocação geral do Parazão 2013 ou sagrar-se campeão ou vice da competição, caso contrário, as famosas “férias antecipadas” estarão decretadas no municio de Salinas.

– Estou focado no planejamento feito pelo Santa Cruz. Sei do interesse do presidente Mario Couto, para que eu fique até o final do Campeonato Paraense do ano seguinte, mas se não conseguirmos a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, eu não quero ficar sem atuar. Tenho alguns convites para atuar em outros clubes, mas sigo focado aqui no Pará – finalizou.

Estádio Mário Couto, do Santa Cruz de Cuiarana (Foto: Reprodução/Site do clube)

 

Fonte: Globo esporte.com